Um fruto do cerrado brasileiro mais conhecido na América do Norte, que no Brasil. Esse é o Baru, uma castanha com enorme potencial nutricional e uma “pegada” sustentável que vem chamando a atenção de fornecedores e consumidores, principalmente os focados em inovação.
Esse perfil inovador do Baru foi destaque na última edição da Summer Fancy Food, que aconteceu em Nova Iorque, Estados Unidos, entre 12 e 14 de junho. O produto foi o destaque da LabraFlora, empresa associada à ABNC, durante o evento, que ainda marcou o início dos trabalhos da nova equipe comercial da empresa, formada pelos experientes Karla Rolim e Luiz Augusto Figueira, com mais de 20 anos de experiência na exportação de Castanha de Caju.
“Queremos aproveitar essa experiência dos dois para alavancar essa nova fase da LabraFlora”, comenta o diretor presidente, Ricardo Pavan. Ele conta que a Feira, com mais de 2 mil expositores, mostrou como o Baru está alinhado com esse novo consumidor que surgiu a partir da pandemia.
Augusto Figueira ressalta que a empresa trabalha muito bem com o mercado online, no qual os consumidores são mais abertos a novos formatos de compra, como através de pequenos mercados especializados em superalimentos. “Temos um produto muito alinhado com esse novo formato tanto de consumo quanto de atuação dos novos distribuidores e revendedores.”
Karla Rolim comenta que após três anos sem Feira, os compradores estavam ávidos por novidades. “Alguns clientes passaram novamente no stand para dizer que nosso produto era o mais inovador, com maior potencial de toda a Feira. Fizemos contatos com a Ásia, Oriente Médio, Alemanha, além dos americanos.”
Pavan ressalta que inicialmente o Baru é conhecido pela semente, mas na parte de fora do fruto existe um polpa que é um alimento super funcional, com sabor “delicioso”, e que essa polpa pode ser utilizada como destilado e a parte interna do coquinho, quanto triturada serve como carvão ativado, ou seja, existe um aproveitamento de 100% de tudo que se coleta.
Finalizando eles ressaltam que o Baru não é consumido apenas como snac, mas pelo seu potencial nutricional já está sendo utilizado como ingrediente para a indústria de alimentos e até mesmo o óleo tanto na indústria de alimentos, quanto na de cosméticos. “Existe ainda um álcool que também pode ser extraído do baru e que tem potencial grande para diversas indústrias ainda a ser explorado, além da possibilidade de produção de um bio carvão para queima e produção de calor e finalmente o uso dos rejeitos do processo como fertilizante”, enfatiza Figueira.
A LabraFlora ainda participará de outras Feiras e eventos no Brasil e no exterior em 2022.