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Cajucultores do RN são capacitados para ampliação da competitividade

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o Rio Grande do Norte ocupa um relevante papel na produção de caju. O Estado deverá produzir este ano cerca de 17,9 mil toneladas de castanha de caju, o que representa um aumento de 7,7% em relação à safra do ano passado. Com o objetivo de consolidar a aplicação de inovações tecnológicas na cajucultura regional, o Sebrae no Rio Grande do Norte, a Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza, CE) e o Banco do Nordeste (BNB) realizaram, entre os dias 23 e 25 de agosto, um curso técnico sobre inovações tecnológicas para o cultivo do caju.

O evento ocorreu nos municípios de Ceará-Mirim e João Câmara, na região de Mato Grande. Cerca de 60 produtores receberam formação sobre técnicas de melhoramento de produção e de ampliação da competitividade no cultivo do caju. O conteúdo abordou toda a parte produtiva do caju: técnicas de cultivo, clones, secção dos clones, adubação, pragas e doenças, dentre outras. Uma atividade em campo mostrou a aplicação dos conhecimentos na prática.

Segundo Franco Marinho, gestor do Projeto de Fruticultura do Sebrae (RN), o curso é de extrema importância para os pequenos produtores da região de Mato Grande, pois irá agregar tecnologias ao setor produtivo do caju. “Nós estamos levando o que tem de mais moderno e inovador, que é a tecnologia desenvolvida pela Embrapa Agroindústria Tropical. De forma que, esses pequenos produtores, numa linguagem muito simples passada pelos pesquisadores da Embrapa possam assimilar e começar a modificar a forma de tratar a cajucultura”, comentou.

Para Manoel Antônio, cajucultor do município de João Câmara (RN), o curso proporcionou a captação de novos aprendizados. “Aprendi sobre a formação da poda do cajueiro, sobre pragas e doenças fúngicas. Eu tinha dúvidas sobre a antracnose e o oídio, mas agora eu já consigo diferenciar. Também conhecemos outras variedades de caju. Eu só conhecia duas e ontem passei a conhecer quatorze. Então foi um grande aprendizado”, disse o produtor.

O curso é parte inicial do projeto de revitalização e modernização da cajucultura na região potiguar, uma realização conjunta entre Sebrae, Embrapa Agroindústria Tropical e Banco do Nordeste. Os pesquisadores Afrânio Arley, Lindemberg Mesquita e Marlon Valentim foram os responsáveis pela facilitação dos conteúdos. “Desde o começo a gente procurou a Embrapa. A Embrapa que desenvolve pesquisa, que é validada, que tem todo o know-how e toda uma equipe de pesquisadores extremamente capacitados para fazer parte desse trabalho. E o Banco do Nordeste tem o Prodetec Caju, nas regiões de Mossoró e Mato Grande. Então, nós vimos que haveria essa necessidade de levar informações de alto nível para que esses produtores realmente modifiquem a forma de pensar e passem a adotar as novas tecnologias”, argumenta Marinho sobre a importância do apoio de outras instituições ao Sebrae no desenvolvimento do projeto.

Os próximos passos consistem em novas capacitações e intensificação de novas consultorias tecnológicas, por meio do Sebraetec e outros parceiros. “Vamos realizar um seminário do Caju Potiguar com a Embrapa”, enfatiza Franco Marinho em relação às próximas atividades do plano de revitalização.

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