Nos dias 6 e 7 de novembro, Cachoeira do Sul (RS) recebeu produtores, técnicos, pesquisadores e empresas de todo o país para o II Encontro Nacional da Pecanicultura (ENAPECAN 2025), promovido pelo Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) em parceria com a Embrapa. Realizado na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), o evento confirmou sua posição como o principal espaço de integração e debate técnico da cadeia da noz-pecan no Brasil, com uma programação que aliou conhecimento científico, inovação e perspectivas de mercado.
A edição deste ano trouxe painéis sobre manejo, melhoramento genético, pós-colheita, processamento e comercialização, além de debates sobre certificações, rastreabilidade e inserção da pecan brasileira no comércio internacional. Também integrou a programação uma feira de expositores, rodadas de negócios, mostra cultural e uma visita técnica a um pomar da região, reconhecida como uma das mais tradicionais produtoras do país.
De acordo com Júlio César Medeiros, coordenador técnico do IBPecan, o sucesso do encontro reflete o amadurecimento da cadeia produtiva e o comprometimento dos diferentes elos em buscar conhecimento e eficiência. “A relevância e a profundidade com que foram abordados os temas tratados, e a grande capacidade e conhecimento dos palestrantes, fizeram com que esta edição do ENAPECAN superasse a anterior, que já havia sido de altíssimo nível”, afirmou.
O coordenador ressaltou ainda o papel do evento na consolidação da nogueira-pecan como uma cultura estratégica para o agronegócio brasileiro. “Este evento entra definitivamente no calendário de encontros técnicos imperdíveis para toda a cadeia da pecanicultura brasileira e dos países vizinhos. Ele demonstra a força e o potencial da produção nacional, que cresce ano após ano com base em tecnologia, sustentabilidade e integração entre pesquisa e campo”, completou.
Com mais de 350 participantes, o ENAPECAN 2025 reforçou o protagonismo do Rio Grande do Sul — maior produtor de noz-pecan do país — e ampliou o debate sobre competitividade, agregação de valor e oportunidades de exportação. A edição deste ano também destacou o avanço das práticas sustentáveis e o interesse crescente do consumidor por alimentos saudáveis e funcionais, tendência que fortalece a presença da pecan entre as principais oleaginosas do mercado.
O evento ainda dialoga diretamente com o cenário nacional das nozes e castanhas, que vem ganhando espaço tanto no consumo interno quanto nas exportações. O crescimento da produção e a busca por qualidade colocam o Brasil em posição de destaque nesse segmento, e a pecan desponta como uma das culturas mais promissoras do grupo, unindo valor nutricional, potencial gastronômico e retorno econômico para o campo.
Para o IBPecan, o evento consolida uma agenda permanente de cooperação técnica e científica voltada à expansão da cultura no Brasil e na América do Sul. A expectativa é de que os resultados das discussões contribuam para novas parcerias, estudos e políticas públicas que estimulem o desenvolvimento da nogueira-pecan como alternativa econômica e ambientalmente sustentável.